Acabou a música
Aplausos, pessoas levantadas, movimento uniforme.
A plateia vibra.
A agradecer, o ratinho cantor de ópera, eu.
Agradeço...
A partida, porta enorme a abrir, subida para a cadeira de descaracterização. Tiro os bigodes de ratinho. Limpo a minha cara. De súbito tudo diminui de tamanho. Agora vejo-me na minha realidade.
Abro a porta para o elefante que sou. Fecho a porta para o ratinho que sou no palco.
A mesma visão continua... tenho os mesmos pequeninos olhos de rato. A pele, essa, escureceu para um cinzento mais escuro.
A procura do mim que se esconde em cada desafio, em cada palco...
Ser poeta é sentir-se.
Sentir o Mundo.
Sentir.
Ser poeta é Amar o que se faz.
Por vezes até Amar o próprio amor, quem sabe?
Pode também ser odiar, mas Odiar de verdade...
...ou fingir que se odeia.
E sobretudo brincar, e gostar de brincar como
Comer chocolate, ou saborear um castanho chocolate!
Ou um azul que é do mar ou de uns olhos...
Ver gatos a sorrir e sorrir-lhes.
Fazer as pedras chorarem.
Dizer que “se as pedras tivessem alma seriam seres vivos.”
Gostar das pedras como são.
Dizer e contradizer, dizer coisa alguma...
Exclamar, interrogar, afirmar pintando, escrevendo... Amando.
Tentar fazer a verdade aparecer ou
Um seis, num jogo de dados.
Enfim, embebedar-se no êxtase do mais profundo Amor:
A Criação.
90.10.02
Eu sou a Alma que urge em nascer. Está quase, mas não foi suficiente o susto.
Falta a força para querer viver. Como se consegue isso?
Estou aborrecida.
Mais uma semana que passo no meu berço-pré-maternal. Ainda não encontrei o buraco de parir.
Quero, ao nascer, que o dia seja o mais belo e magnífico de todos. Vai chamar-se "O Dia em que o Amor Renasceu". Como a ave, eu me nomearei Phoenix.
Sou a criança chorante do mundo sonhado, não nascido, não berrado. Sou a criança que ainda não nasceu, quando será o dia?
Reconhecer-me-ei?
Tenho medo. Em todo o caso, quem não terá?
Estou esperando impacientemente, em êxtase.
Antes e para além do arco-íris, além do seu início e do seu final, em todos os lugares! Mesmo quando olhamos para o céu, passando as nuvens e o sol.
É aí que ele vive.
- Quem? – Perguntam vós.
Xiu!... Falem baixo! Bem, acreditariam em mim se lhes dissesse que é uma espécie de dragão? Mais do que um. Na verdade existem milhares deles, a voar por toda parte!
Mas têm que fazer um esforço para acreditar em mim, porque, vocês sabem, nós não podemos vê-los. Bem... Não podemos ver todos, excepto um.
Este...
Vou falar-vos dele...
Ele era um pouco desajeitado. Sempre a cair, sempre a tropeçar em alguma coisa...
Todos os outros dragões diziam-lhe constantemente:
- Tem cuidado!
- Não te mexas!
- Está quieto!
- Está...
Creio que já devem fazer uma ideia, certo?
Bem, ele adorava brincar o tempo todo. E como todos os jovens dragões, ele gostava de jogar às escondidas e de divertir-se com as estrelas.
Mas ele era tão desajeitado!
Os dragões são invisíveis para que ninguém tente apanhá-los. É que eles gostam de ser livres. Eles gostam de voar e de observar-nos, aos seres humanos. Às vezes eles voam tão perto de nós que podemos até senti-los... Vocês sabem... Quando se sente aquela brisa morna e agradável? Sim! Às vezes, são deles!
Eles são muito curiosos!
Mas o nosso amigo era muito, muito trapalhão...
Este dia, estava ele a brincar com uma estrela - Tudo lhe acontecia...
- Não tenho sorte nenhuma! – Dizia ele.
Então, desta vez, ele tinha soluços.
- Hic, hic, hic...
Estava ele entretido a jogar com a estrela quando... Não sei se vão acreditar em mim...
Está bem, está bem! Eu conto!
Ele engoliu uma estrela - foi o que aconteceu!
- Não tenho sorte nenhuma, não tenho sorte nenhuma!... – Foi a correr para os pais, a choramingar.
Como podem imaginar, agora ele tinha esta luz na sua barriga. E todos podiam vê-la!
Os colegas começaram a chamá-lo de "lanterna"!
Muito triste, tentava esconder-se, mas não podia. A luz denunciava-o.
A fugir dos amigos, ele estava a voar tão rápido que ao passar perto do nosso planeta, se apercebeu - os seres humanos poderiam agora vê-lo - não a sua forma de dragão, invisível, mas a estrela que ele tinha engolido.
O engraçado - pensou - era que os seres humanos formulavam um desejo quando ele passava.
Da sua má sorte, ele trouxe esperança e fortuna para os demais.
Portanto, meus amigos humanos, de cada vez que virem uma estrela cadente, peçam um desejo. Pode ser o nosso amigo dragão da sorte a brincar, acenando-nos “Olá”!
O chamamento era tudo, maior que o mar, maior que a vida. Nenhum pensamento de sobrevivência lhe assomou à cabeça, tudo se tornara secundário àquele ser, àquele momento, àquela revelação. Mas seria uma alucinação? Seria possível, um homem ali, vindo directamente do mar? Não podia ser, é que nem sequer era na realidade um homem, tinha cara de homem, olhos de homem, mãos de homem… as pernas eram uma cauda de peixe, brilhante e escamosa. Bizarra imagem, pensou ela e não queria acreditar.
Persistence gives generally its fruits.
Full of life and attentive this time, instead of going out to play with her mates,…
When the little girl went for her book on the shelter, she already knew the purpose of it. She stretched so much until she finally got it. She went along the street and stopping in a shadow of a big wall, sited on the floor to read. Calmly crossed the small legs and putted her hair behind the ears, clearing the face. Sighted and got started…
It was a strange book.
It started with a big wall, something like the one she had behind her. Though it was just a cold grey thing, it wasn’t really only that… it had life!
Stone by stone, it was raised by sorrow, tears, lies, too much work, no time for anything, forgotten words and gestures, looking away when a being needed to be looked in the eyes and be hugged…
Stone by stone, this wall has grown bigger so the person inside would protect herself from the persons that were hurting her.
As the wall in the book reached the sky, slowly the one behind our little girl was being dismantled while the name of every sorrow was named… Each and every one of the stones was now giving place to light, becoming each rock first lighter and then more and more transparent; the rocks at their own time became bright light!
Falling in her back because no wall existed anymore to support her rear, the girl was grabbed by two protective and friendly hands. Her eyes followed these hands to the arms, continuing to a neck, to a face and its eyes… The light was all in there!
-There you are! - She said. - I had a feeling that you were around here. Come! Let me hug you. Don’t hide anymore, please.
Stone by stone, grey plus grey, heartache plus heartache, the person inside became the wall – cold and distant- It is funny though, how simple it is for these fortifications to fall apart if you just reach it inside its heart…
There once was a small flea that wasn’t happy with its life. He found it so monotonous that he wanted to change it very, very hardly.
- Why does he cry mum?
As soon as his eyes opened he smiled!
Everyone got astonished and couldn’t help but to smile too, endlessly. What a beautiful and contagious smile! Unlike every other newborn, this one didn’t cry but smiled and all the room was suddenly filled with this warmth… Though, it didn’t take long until he did cry. And he cried as if someone was hurting him. He cried as if he had some problem… They found nothing… Only that the formally lighter day had grown darker.
He cried so much that all doctors and nurses came to see what was going on. Every one hugged him, fed him and sang to him. There was no use. He wouldn’t stop.
…
After some weeks, they were all desperate. Science couldn’t explain what was going on. There was something of terribly wrong with that infant, but what?
His hair grew strong and fast. It looked kind of grey as if it was in such a hurry to grow that it simply forgot the color behind. Furthermore, he started to control his crying but never the tears that continually flowed. He never could.
…
As he went to school, all the other kids were very curious:
-Why is he always crying mum? - No answer was given…
Without small ears hearing it, parents talked between themselves about the news… They remembered this story of a little boy that wouldn’t stop crying… Was he the one? Nothing on him was denouncing of something any different of any other kid that same age, except for the tears. Oh yes, the hair was a bit strange too!
All the other kids, perhaps moved out of curiosity or some kind of magnetism, wanted to play with him.
…
Years gone by, still the hair reflected the colors for it no color had. Still it floated as if it were alive. People passing by him would stop and take their time just to stare, forgetting everything else. The school friends would always draw him in the drawing classes… -He is so colorful! - They used to say! - More than flowers or butterflies themselves, he was like a personification of color. Everyone couldn’t even stop smiling while at his side. Dogs and cats would follow him all around!
…
One day, after flying so close to him that it pulled the boy’s hair, a small bird, due to not much experience having in flying, went against a wall. Poor bird got very dizzy and fell to the floor. Running to help it, our hero gently grabbed it and gave his own tears to drink. With the smallest jump it recovered its breath, and looked into the boy’s grays eyes. - Thank you – Thought the boy he heard – He just smiled and let it go.
…
One day a colleague noted something was quite different. Trying to find out why he looked around. In the classroom others had the same impression. Why was everyone smiling? The boy had no more tears falling down his face… One of them started to laugh. Like a domino, one-by-one joined it. In the following classrooms the sound of laughter made them also adhered!
The next day in the news – The last of the wars still existing has finally ended yesterday – Said the reporter also laughing! He couldn’t say why exactly because each person there with him was laughing out loud too!
…
An astronaut in a mission, suddenly call for his companions:
- Come, come!
- Why are you…?
- Laughing? Check out our Planet Earth…
It was involved in the most wonderful Rainbow colors they’ve ever seen!
Then, even the last cynical man alive laughed!
…
Perhaps, one day grownups will understand why little boys cry…
Pequenino e sozinho, sentia que havia de fazer alguma coisa.
Começou por pedir ajuda às flores vizinhas, as margaridas – Por favor, dão-me uma ajuda? – Estas diziam – Também somos pequeninas! Temos dificuldades para apanhar um bocadinho de Sol como tu.
- E se nos juntarmos? Talvez assim consigamos mudar alguma coisa!
- Não podemos, somos pequeninas. Não temos força suficiente, somos pequeninas!
Depois virava-se para os arbustos – Por favor! Podiam ajudar-me a apanhar um raio de Sol?
- Estamos muito ocupados, temos muitos problemas! Volte mais tarde.
Frustrado, virava-se para as árvores que o mantinham na sombra das suas muitas folhas – Senhoras árvores, por favor. Podiam dizer às vossas filhas que se organizem para que possamos também receber um pouco de luz directa? - Mas as árvores nem o ouviam. Não é que o fizessem de propósito, pelo menos não todas, as árvores tinham os ouvidos bem lá no alto, o que dificultava um bocadinho e as limitava nas amizades. Digamos que neste mundo – à semelhança de alguns outros por analogia...– a altura era estatuto.
As flores tinham de contentar-se com o que acidentalmente conseguiam.
Esta flor, no entanto, não estava contente com a sorte que lhe calhara. Todos os dias falava com os vizinhos pedindo ajuda e nada.
Pensou e pensou, queria mudar de vida – Se ninguém me ajuda, vou eu ajudar-me! Deve haver alguma coisa que poderei fazer. – À falta de melhor ideia, pensou que poderia tentar esticar-se o mais que pudesse. Fez isso durante um dia – Não me parece que esteja a resultar...
As flores ao lado notaram os esforços e comentavam entre si. Com olhares e risos jocosos entretiveram-se nos dias, semanas, meses seguintes. Os arbustos não se dignaram olhar, as árvores, essas... nem repararam – têm os olhos bem lá no alto, perto das orelhas...
O girassol não se importou, sabia que era possível o plano falhar, mas estava disposto a dar o seu melhor – Sempre me ocupo a fazer algo em vez de apenas me queixar – pensava de si para si.
Chegou um dia em que os arbustos inventaram outra queixa, havia uma nova sombra – Que é isto? Já não bastam as árvores? – Mais um problema para os consumir entre a água que ora insuficiente, ora sem qualidade; ora a terra pouca para tantas plantas, ora com demasiado sulfato; ora dias muito curtos, ora demasiado longos; ora, ora, ora...
Agora o murmurinho era outro. O girassol crescera tanto que ficara maior que muitos arbustos. Os girassóis mais pequenos queriam saber como ele conseguira aquele feito. As flores diziam – Oh! Somos tão pequeninas e fraquinhas... Nunca iríamos conseguir crescer tanto, somos tão fraquinhas... E pequeninas...
O girassol gigante explicou a todos quantos quiseram saber como o fizera, curiosamente só os da sua espécie se interessaram, aquela espécie de seres que sabem e lutam pelo correcto... Enquanto os companheiros se esforçavam por chegar ao tamanho que ele alcançara, a notícia espalhara-se por toda a floresta. Estava tão feliz que se tornara amarelo como o Sol, as pétalas debruaram a coroa interior de glorioso ouro. E ajudava gafanhotos e outros insectos pequenos a subir até ao seu topo, permitindo-os usar gradualmente as folhas como escada e plataforma de salto para as poças que entretanto se haviam formado no chão pelas últimas chuvas. No cimo, os insectos juntavam-se a pássaros de pequena estatura que improvisaram uma esplanada. O girassol sentia-se o rei daquela zona ainda que ao anoitecer, o cansaço se abatia sobre ele e pendia a cabeça para dormir.
O Sol exercia um poder tão forte sobre ele que o impulsionava a subir, emprestava-lhe razão para crescer. Isto era tudo o que ele sentia. Isto era tudo o que ele sabia. Todos temos o direito de exigir o Sol, ou... um lugar ao Sol, não de exigi-lo dos outros, mas de nós mesmos. E depois, se tentarmos que perdemos?
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