Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

domingo, 15 de abril de 2012

Os Degraus

Tudo na vida tem um propósito, só não sabemos qual é desde o princípio. Que piada teria se soubéssemos por que estamos cá?

Quando sonhamos vamos construindo a nossa vida. Quando aparecem as dificuldades, são para nos testar e fazer os sonhos realidade da maneira mais saborosa possível. Elas são, na realidade, os degraus que nos levam ao topo da nossa completa potencialidade. Cada degrau - cada dificuldade - é uma curva na vida que nos leva directamente aos planos que a vida tem para nós. E esta é a caminhada que nos está destinada. Teremos de abrir os olhos, os sentidos mas, acima de tudo, teremos de abrir o nosso coração. É o coração que nos encaminha, é a inteligência emocional que nos desenlaça os nós.

O curioso é que sempre pensamos que temos de saber as respostas para tudo na vida, mas afinal, a vida não vem com instruções e tudo, provavelmente TUDO o que nós julgamos saber é apenas palha. Vamos para a escola e geralmente não é ali que encontramos o que precisamos, embora, para muitos de nós seja exactamente parte do caminho. Quem nunca pensou que a escola não servia para nada? Hoje em dia as escolas ensinam coisas que não nos levam a lado algum para a maioria de nós. Na escola aprendemos coisas que não nos servem - pensamos nós. 

Para mim serviu de muito. Adorei aprender - não tudo! - mas o que havia lá para eu aprender foi-me de muito útil. Aprendi a ler e a escrever! Não é fantástico? Onde o iria aprender que não lá? Também aprendi sobre relações humanas. Foi lá que recebi bastantes das lições que precisava viver para hoje chegar ao que sou. Sofri muito e foi precisamente esse sofrimento que me tornou mais humana, mais entendedora do que é "ser human@".

E o que é "ser human@"? Boa pergunta!

Há coisas que não se explicam!
Mas o certo é que aprendi algumas das minhas forças e alguns dos meus medos. Isto é do melhor que se pode ter.

Descobri como a nossa LUZ pode ser assustadora para muita gente e como essa "muita gente" pode transformar-se e fazer-nos mal por causa desse medo. Aprendi com exemplos e só agora percebi a lição! Sei pela experiência que a nossa LUZ é mais difícil de suportar pelas outras pessoas que a nossa escuridão. Percebi que ao diminuir-me, tornei (mesmo que por ilusão das pessoas) a vida de algumas pessoas menos assustadora. Não é interessante que isso aconteça? Não é interessante que para muita gente, o melhor é que todos à volta sejam incapazes para poderem brilhar? Só que nessa diminuição do "Outro" estamos a diminuir-nos a nós. Não é na escuridão dos outros que a nossa LUZ brilha mais, é na nossa escuridão que ela brilha. E nós precisamos da nossa sabedoria, alegria... TUDO! para conseguirmos ser tudo para o que nascemos. E é desta LUZ que toda a gente ao nosso redor pode beber, aprender que também pode deixar a sua própria LUZ brilhar, que é seguro.

É incrível como é tão mais fácil dizer mal de alguém quer seja ilusão ou não, mas temos medo de dizer à outra pessoa coisas boas e agradáveis, principalmente se verdadeiras. As falsas já não custam! Como aprendemos a ser assim? Foi na escola? Sim, foi na escola... esta, da vida. A que nos magoou... Não! Aquela da qual nos sentimos magoados porque nos ensinaram que as dificuldades são más, negativas. Vivemos assim grande parte da nossa vida e custa-nos a aceitar que esses degraus são fantásticos, feitos de nós próprios.


Como não amá-los?



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