Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Antena 1 - Entrevista

Ups! Engoli a Antena 1! Sim, parece ser verdade!
:o)

Gostei muito da voz da entrevistadora, a Alice Vilaça.
Tem um sorriso na voz!

A minha entrevista mais recente pode ser encontrada AQUI.


Vamos lá, alarguemos o "conceito" e vamos falar de contactar também leitores.
A nossa alimentação é importante excepto quando não temos sequer para respirar. Digamos que postas as coisas em perspectiva, morremos mais depressa sem respirar do que sem comer. Sim estou a ser um bocadinho drástica!

Mas quando estamos em feiras de livros, comer vai ser das últimas coisas em que vamos pensar. Pelo menos, é assim que tenho feito. Estando rodeada de livros nem tenho dores, fome ou sede!
Mas importa que não cheguemos ao fim do primeiro dia completamente esgotados, sem força para enfrentar o dia seguinte. Como é que eu faço? A minha palavra mágica é: CHOCOLATES.

Quando sei que o dia vai ser longo, refugio-me em várias tabletes de chocolate por dia. Pode ser qualquer tipo de chocolate. São rápidos de comer e geralmente não ficam pedacinhos entre os dentes. Depois podemos compensar com comida saudável no resto dos dias. Nestes dias é muito importante aproveitar todos os minutos disponíveis para fazer os contactos, a menos que sejamos muito organizados e contactado as editoras antes para marcar entrevista... Já experimentaram isso? Desejo-vos sorte! :o)

As editoras marcam horas com outras editoras para falar de trabalho. Imaginam se o fizessem para cada autor que deseja mostrar o seu trabalho? A menos que vocês já sejam autores conhecidos, esqueçam!

Vistam o vosso melhor sorriso, saibam falar do vosso trabalho e tenham muita paciência, nem sempre vão estar com vontade de vos escutar. Sejam optimistas, não desistam ao primeiro não, respeitem quem não vos quer escutar, afinal de contas, serão eles a perder. Não levem nunca a mal, nunca é pessoal, eles não vos conhecem. Recobrem de imediato e sigam para o próximo contacto em vista. Tenham em mente que a editora certa para vocês está ali, algures, só falta saber qual é. Não desanimem, isso é meio caminho andado para o fracasso.

Encontrar editora é um trabalho de persistência e amor a nós próprios e ao que escrevemos. E não é uma editora qualquer que procuramos, apenas procuramos a certa para os nossos livros.
Por isso, muito chocolate, barras energéticas, pastilhas elásticas para eliminar o hálito, nada de comer comidas fortes nos dias anteriores - alho!! - e não fumar imediatamente antes. Vocês os fumadores podem não reparar, mas o cheiro a tabaco é sempre forte e desagradável para quem não fuma e não vão querer intoxicar a pessoa que poderá estar interessada no vosso manuscrito. Levem isto tão a sério como a procura de emprego. Está nas vossas mãos o facto de tudo correr bem. 

Se os chocolates não funcionarem, podem sempre experimentar convidar a outra pessoa para tomar algo enquanto falam... Não sei se recomendo isto, porque provavelmente isto exige que a pessoa que convida pague... a audácia nunca fez mal a ninguém!  ;)
(Nota: Audácia e suicídio são conceitos diferentes...)




Aproximem-se das editoras com auto-confiança, ombros direitos e discurso positivo, ou seja, como o autor que vocês sabem que são.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Apresentações em Zurique II



Há sempre apresentações que correm bem e outras que nem por isso, o que não quer dizer que sejam menos importantes até porque é com essas que aprendemos mais. A escritores muito famosos acontece-lhes ter apresentações onde não aparece ninguém, o que fará com escritores em início de carreira como eu!
Mas não é para me queixar que estou a falar desta experiência, pelo contrário. 

O que fazer nestas situações?

Não importa o que as organizações dos eventos fazem, se são muito ou pouco profissionais. Não somos nós que respondemos por elas, nós apenas podemos responder pela nossa profissionalidade ou falta dela. O público é que deve ser respeitado, afinal é ele que lê os nossos livros. Façam sempre com que tudo corra bem para o público. Dêem o vosso melhor "no matter what", e ainda mais se houver crianças  no público.
Saibam para que público estão a falar e adaptem-se tanto em relação à idade, cultura, escolaridade e quantidade. Falar para uma grande audiência não é o mesmo que para meia dúzia de pessoas. Neste último caso podemos ser mais intimistas, havendo mais gente, teremos de generalizar mais o discurso.




Outra questão que podemos levantar é: se as coisas não correram bem desta vez, é de bom senso voltar a trabalhar com as mesmas pessoas? Há sempre sinais que podemos ler - se as pessoas estão a deixar tudo para a última da hora, pode ser o alarme que temos de ouvir e actuar conforme... Mas nunca desistam de fazer as coisas só porque correu menos bem uma ou duas vezes. Isso apenas quer dizer que precisamos de limar umas arestas...