Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Teddy's Nightmare (2007)



Ups! Não é para sensíveis ou cardíacos!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Escrever um livro e publicar


1º - Como organizar o projecto?

Que tipo de livro queremos escrever? 

Convém esclarecer logo vários pontos para começar:
Género
Idade
Tipo de linguagem que vamos usar
Para público geral ou só para nós

Como contar a história que queremos escrever?

- Já temos experiência em escrever?
Escrever um livro não é tão simples como escrever uma carta ou um conto. Há certas regras e convém que tenhamos um mínimo de conhecimento delas. Ou uma boa dose de loucura! Também ajuda!! Quando escrevi o meu primeiro livro não sabia como fazê-lo e pareceu tudo muito complicado. Acresceu à dificuldade o facto de não conhecer a história que estava nas minhas mãos. Foi com o escrever que a história se revelou e percebi que era mesmo um livro. Nem tudo o que escrevemos é passível de se transformar em livro.

* Que podemos fazer para melhorar a nossa escrita?
Escrever, ler livros dentro do género que queremos escrever, pedir críticas a pessoas que sabemos nos dizer a verdade (é muito importante), fazer cursos de escrita – por ex. Escrita criativa, escrever, escrever, publicar em revistas e blogues, escrever...

* Que tipo de feedback recebemos das pessoas que lêem o que escrevemos?
Se escrevemos para publicar, é importante perceber se o que escrevemos chega às pessoas e como. A exposição é importante. Seja sincer@ no que escreve, aceite críticas construtivas. Sempre que lhe disserem que algo está mal, pergunte o porquê. Seja crítico quanto às críticas – não aceite por aceitar. A obra é sempre sua, ninguém melhor que você para conhecer os personagens.

- Organizar, se possível, a história por capítulos. Escrever resumos do que se vai passar em cada um. Não consegue avançar num capítulo? Avance para o seguinte, logo logo vai perceber o que se passa com o capítulo anterior e terminá-lo. Esteja atent@ a pequenos sinais. O que sente quando relê o que escreveu? O estômago dá-nos por vezes sinais do que está mal. Mas não ceda à falta de confiança. Na dúvida, peça a alguém para ler e criticar – alguém que esteja habituado a ler. Muitas vezes, quando não conseguimos avançar numa determinada parte, é porque está algo errado na cena. Neste caso, reescreva. Veja se está por dentro de todas as possibilidades existentes de acção.

- Faça biografias dos personagens com idade, morada, actividades, gostos, motivações, personalidade, enfim, tudo o que possa imaginar.

- Crie plots e sub-plots mesmo que alguns deles não chegue a usar. Eles vão com certeza ajudar a criar um mundo mais realista para o seu livro.

- Pesquise tudo o que precisa e não precisa. Seja minucios@. São os pormenores que transportam os leitores para os livros, mas não escreva nada que não seja importante para a trama. Escreva um texto limpo, sem lixos. Saiba escolher e dosear a informação que usa.

- Escolha o tipo de voz que vai usar. O narrador é omnisciente? É melhor escrever na primeira pessoa? Na terceira pessoa? Cada livro funciona melhor em determinada voz. Faça a escolha conscientemente.

- Faça esquemas, desenhos, mapas. 

- Qual o mundo onde a história acontece? Se o mundo for criado de raiz, convém saber tudo. Você tem de se tornar expert desse mundo. Que tipo de mundo é, aquoso, terrestre, alien, tipo Terra? Ou é no nosso planeta, mas numa época diferente? Estabeleça as regras desse mundo quanto antes. Seja exaustiv@ nesse trabalho. Pesquise e seja coerente.

- Evite os clichés, seja original.

- SHOW, DON’T TELL! – Sempre que estiver a escrever lembre-se desta regra. O leitor fixa melhor quando são os próprios personagens a mostrar-nos como são. Evite ser paternalista - não repita coisas que já disse por outras palavras. Explique apenas quando as ideias não forem do senso comum.

- Depois de escrever o livro todo, releia o primeiro capítulo. Reescreva o que for necessário. Neste capítulo já deve ser visível o estilo geral do livro. É um livro de fantasia? Não deixe para os capítulos seguintes o aparecimento de um elemento fantástico. Não guarde o melhor para depois, pode acontecer que o editor não leia para além deste capítulo. Esmere-se. Todas as suas capacidades de escrita devem brilhar aqui.

- Reescreva todo o livro se necessário!

2º - Como escolher e chegar a uma editora?

- Dependendo do tipo de livro, vai procurar editoras que se enquadrem. Visualize o livro pronto, com capa. Pesquise as editoras que poderiam fazer um trabalho que @ satisfaça.

- Como apresentar o seu projecto?
Vá à página da editora que lhe interessa, veja que tipo de exigências pedem e siga-as à risca! Se não exigirem nada, envie o “costume”:
A formatação do nosso trabalho é muito importante. Tamanho 11 ou 12, letra Areal. Espaçamentos entre parágrafos.
Comece cada capítulo numa folha nova.
Na primeira página devemos colocar os nossos dados, título, número aproximado de palavras.
Não faça coisas desnecessárias. Excepto se pertinentes, não coloque desenhos, cores, etc, no seu manuscrito. Facilite a vida de quem vai ler ou corre o risco (no caso dos editores) de ter uma rejeição antes mesmo do manuscrito ser lido.

Envie uma pequena biografia, uma descrição do livro e história, mas não conte tudo. Provoque curiosidade na outra pessoa. Levante questões que o seu livro responde. Refira para quem tipo de público se destina o livro e tenha montes de paciência, provavelmente irão responder-lhe dentro de seis meses. Se isso não acontecer... vá em frente. Procure sempre reler o seu trabalho e melhorar o que pode ser melhorado.

Outros artigos que poderão ser úteis aqui:

How To Structure A Successful Story

Feira do livro de Leipzig.

How To Start A Book – The Writing Process

Winning the Battle of Book Discovery

Start a Book Project in 5 Easy Steps

 

Boa sorte! And may patience be in your way!

domingo, 15 de abril de 2012

Perspectivas

Meio copo vazio.


Quando olharem para esses degraus, não o façam na perspectiva de baixo para cima, ou seja, pensando no que ainda falta andar, mas de cima para baixo, vendo com clareza tudo o que já andaram. E saboreiem tudo o que já conseguiram. 


 Meio copo cheio.


Mereceram-no!

Tudo na vida tem um propósito, só não sabemos qual é desde o princípio. Que piada teria se soubéssemos por que estamos cá?

Quando sonhamos vamos construindo a nossa vida. Quando aparecem as dificuldades, são para nos testar e fazer os sonhos realidade da maneira mais saborosa possível. Elas são, na realidade, os degraus que nos levam ao topo da nossa completa potencialidade. Cada degrau - cada dificuldade - é uma curva na vida que nos leva directamente aos planos que a vida tem para nós. E esta é a caminhada que nos está destinada. Teremos de abrir os olhos, os sentidos mas, acima de tudo, teremos de abrir o nosso coração. É o coração que nos encaminha, é a inteligência emocional que nos desenlaça os nós.

O curioso é que sempre pensamos que temos de saber as respostas para tudo na vida, mas afinal, a vida não vem com instruções e tudo, provavelmente TUDO o que nós julgamos saber é apenas palha. Vamos para a escola e geralmente não é ali que encontramos o que precisamos, embora, para muitos de nós seja exactamente parte do caminho. Quem nunca pensou que a escola não servia para nada? Hoje em dia as escolas ensinam coisas que não nos levam a lado algum para a maioria de nós. Na escola aprendemos coisas que não nos servem - pensamos nós. 

Para mim serviu de muito. Adorei aprender - não tudo! - mas o que havia lá para eu aprender foi-me de muito útil. Aprendi a ler e a escrever! Não é fantástico? Onde o iria aprender que não lá? Também aprendi sobre relações humanas. Foi lá que recebi bastantes das lições que precisava viver para hoje chegar ao que sou. Sofri muito e foi precisamente esse sofrimento que me tornou mais humana, mais entendedora do que é "ser human@".

E o que é "ser human@"? Boa pergunta!

Há coisas que não se explicam!
Mas o certo é que aprendi algumas das minhas forças e alguns dos meus medos. Isto é do melhor que se pode ter.

Descobri como a nossa LUZ pode ser assustadora para muita gente e como essa "muita gente" pode transformar-se e fazer-nos mal por causa desse medo. Aprendi com exemplos e só agora percebi a lição! Sei pela experiência que a nossa LUZ é mais difícil de suportar pelas outras pessoas que a nossa escuridão. Percebi que ao diminuir-me, tornei (mesmo que por ilusão das pessoas) a vida de algumas pessoas menos assustadora. Não é interessante que isso aconteça? Não é interessante que para muita gente, o melhor é que todos à volta sejam incapazes para poderem brilhar? Só que nessa diminuição do "Outro" estamos a diminuir-nos a nós. Não é na escuridão dos outros que a nossa LUZ brilha mais, é na nossa escuridão que ela brilha. E nós precisamos da nossa sabedoria, alegria... TUDO! para conseguirmos ser tudo para o que nascemos. E é desta LUZ que toda a gente ao nosso redor pode beber, aprender que também pode deixar a sua própria LUZ brilhar, que é seguro.

É incrível como é tão mais fácil dizer mal de alguém quer seja ilusão ou não, mas temos medo de dizer à outra pessoa coisas boas e agradáveis, principalmente se verdadeiras. As falsas já não custam! Como aprendemos a ser assim? Foi na escola? Sim, foi na escola... esta, da vida. A que nos magoou... Não! Aquela da qual nos sentimos magoados porque nos ensinaram que as dificuldades são más, negativas. Vivemos assim grande parte da nossa vida e custa-nos a aceitar que esses degraus são fantásticos, feitos de nós próprios.


Como não amá-los?