Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

sábado, 12 de maio de 2012

Feira do Livro de Lisboa

Queridos amigos,

Estou de momento em Portugal a promover meu primeiro livro Ups! Engoli uma Estrela.

Estarei este fim-de-semana em Lisboa na Feira do Livro.
Podem encontrar-me no Pavilhão C07 a partir das 17h, Sábado e Domingo.




Espero encontrar-vos lá! Levem muitas perguntas!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

RESPEITO



Quando os temas se repetem é porque ainda não estão resolvidos em nós e podem aparecer-nos de muitas maneiras. Geralmente temos amigos que nos ajudam a trazê-los à superfície. E quando não são amigos (aquelas pessoas às quais damos esse nome carinhoso) são os inimigos (aquelas pessoas que nos dão uns empurrões na vida para nos fazer caminhar e nós pensamos mal delas...). Essas pessoas fazem-nos o favor de nos ensinar lições muito importantes ou não se apresentariam à nossa frente.

É assim que tem sido a minha vida e eu, como grande teimosa que sou, quero estar sempre a aprender as mesmas lições como se já não as soubesse de cor. Sei-as mas funciono como se não as soubesse, por isso as repetições. Sou mesmo muito teimosa!

A lição que ando a aprender desde criança é "como me respeitar". É esta a lição que muitas das pessoas que sofrem de Bullying precisam de aprender. Bullying, Mobbying, racismo, homofobia, escolham.

Já a minha irmã tentava ensinar-me esta lição quando éramos pequenas. Tive pessoas de todas as idades e em todas as situações possíveis para me ajudar. Cheguei a ter um patrão que me maltratou e eu deixei. Deixei porque achava que merecia o castigo. Tinha pessoas de todo o tipo a maltratar-me. Eu inclusive. E não duvidem, as pessoas tratam-nos da mesma maneira que nós nos tratamos. Afinal, nós é que lhes dizemos como o fazer.

O primeiro passo começa exactamente por nós. Como podemos começar por nos tratar bem? Talvez através da nossa alimentação? Através da nossa higiene diária? Do nosso diálogo interior? Higiene diária também pode passar pelo nosso diálogo interior. E o que é isso?

Quantas vezes por dia gastamos as nossas energias a falar mal de nós próprios?
- Não faço nada de jeito.
- Não sou capaz.
- Não consigo.
- Não tenho dinheiro suficiente.
- Não mereço.
- ...

Quantas destas frases utilizas no teu dia-a-dia?

Pois! É por aqui que devemos começar. Se mudamos a nossa maneira de pensar, mudamos a nossa maneira de actuar. A nossa tendência é actuar de acordo com o que pensamos, seja real ou não.

De cada vez que pensares que não és capaz de algo, responde a uma simples pergunta: Quantas vezes já foste capaz de fazer o que te propunhas? Certamente muitas. Toma atenção à qualidade do que fizeste. Houve alturas em que caíste e não tardaste a levantar-te. Observa uma criança a aprender a caminhar, a aprender a ler, a aprender a somar. Não era difícil quando estávamos a começar a aprender? Mas depois as tarefas simplificaram-se. Foi a prática que tornou essas tarefas fáceis.

Assim é com a vida. Assim é com o nosso discurso mental.

- Eu consigo.
- Eu sou capaz.
- Eu mereço.
- Faço coisas fantásticas.
- Eu tenho dinheiro suficiente para o que preciso.
- ...

Curiosamente, também houve pessoas que me ensinaram que sempre que eu me respeitava - e dependia também da forma como o fazia - tinha sempre consequências adjacentes.

Lembro-me bem de quando a minha colega Raquel, na escola primária, me deu um beliscão e eu, para lhe mostrar que não tinha gostado, resolvi fazer-lhe o mesmo. Não quis ser queixinhas e defendi-me. Ela foi a chorar contar à professora. Apanhei! Pagar com a mesma moeda não é respeitar-nos e pode não ser o caminho de nos fazer respeitar. É não fazer o que vai contra nós que significa respeitar-nos. Sim, achei que a professora tinha sido injusta, mas a minha colega nunca mais me deu beliscões!




Quando vemos algo com o qual não concordamos mas seguimos em frente, é isto, é aqui que podemos parar e dizer "não!". Depois temos as consequências, obviamente. Já "perdi" trabalhos por causa disso.  Mas a questão é: O que perdi na realidade? Será que perdi alguma coisa? Ou ganhei?

Na verdade, foi o facto de não ter ligado aos indícios do que via à minha volta, porque há sempre indícios, que me meti nas situações. Dali só poderiam sair os resultados que saíram. Qual a novidade? Não fui sempre eu a escolher? Não o fazemos todos?

Não quer dizer que a vida seja mais fácil ao seguirmos o caminho da nossa integridade, é geralmente mais difícil. Apenas significa que o seguimos de cabeça erguida. Há poucas coisas nas quais devemos fincar pé, os nossos direitos podem ser uma delas. O respeito por nós próprios é outra e certamente a mais importante.

A vida dá-nos os desafios para os quais estamos preparados. Nunca duvidem! Deus só dá nozes a quem tem dentes.

domingo, 6 de maio de 2012

A beautiful short film..