Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Happy Thought

Uma porta aberta - É assim que eu vejo os livros.


Um AURYN para "Fantasia", que flui da nossa imaginação e nos leva nas costas de Falcor. Uma entrada semicerrada para os mistérios que detectives tentam resolver com a nossa cumplicidade. Ou das cavernas escuras em que os bandidos mantêm as suas presas. A pequenina porta da lanterna de Sininho e o seu suplemento de poeira para Peter Pan - Qual é o teu pensamento feliz?

Um acesso para o mundo subaquático ainda para desvendar... O inconsciente... A luz... A escuridão das noites de King que ganham vida... Ter medo... Ter coragem...

Uma abertura nas dunas do Saara guiando-nos para a savana, mas sem evitar os leões, aprender então com eles a caçar e a viver na selva. E aqui, agarrando um dente-de-leão no seu talo, voar no Cosmos do Sagan e contactar outras formas de vida. A experiência de não ter corpo, apenas alma, conhecer aqueles que foram antes de nós. E saber tudo! Tudo o que há para nós alcançarmos como conhecimento!

Uma porta para o universo da própria Vida.

Uma porta para o EU.



Trabalhar com livros... Escrever livros... Aqui está o meu pensamento feliz!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando voltas?

A resposta já não alcançou os seus ouvidos de tão longe que foi dada. – Não faz mal – pensou – também é excitante nunca saber quando uma surpresa nos bate à porta!... Nunca estamos preparados, mas o facto de não contarmos com algo, aufere-lhe uma certa magia.

Cria em nós a expectativa do que irá ser, quando irá ser, como irá ser... Faz-nos sentir como crianças à espera do Natal.

É curioso que, como as crianças não têm ainda noção do tempo e o Natal tanto pode acontecer no dia seguinte como passados meses, esta expectativa mantém-se. E mantém-se enquanto a inocência e a infância perduram. É muito triste quando começamos a usar um relógio. Significa que deixamos de controlar o tempo, pelo contrário, passou ele a controlar-nos a nós. Temos de chegar sempre a horas a tudo. Começamos a comer porque são horas para o fazer e não porque temos fome.

É crescer.

É controlar o tempo, é controlar-nos a nós. É forçar a consciência do que começa e do que acaba, é perceber que o tempo passa quando antes totalmente o vivíamos. Deixamos de viver a vida ao minuto, deixamos de viver o momento como as crianças e passamos a desejar controlar os minutos. Enquanto tentamos isto, os minutos passam e ficou a tentativa gorada, a frustração.

Nisto, apercebemo-nos que perdemos demasiado tempo com toda esta questão e entretanto ficamos velhos. De repente vemo-nos a querer agarrar o tempo para voltarmos a viver e já não temos força ou saúde. Desperdiçamos a nossa juventude e energia com problemas que mais tarde vimos não terem importância alguma.

Porque não nascemos com sabedoria? Perdemos muito, muito tempo. Afinal de contas viver é viver. Simplesmente! Rir, comer, cantar, dançar, saltar, dormir... Perdemos tanto tempo...