A resposta já não alcançou os seus ouvidos de tão longe que foi dada. – Não faz mal – pensou – também é excitante nunca saber quando uma surpresa nos bate à porta!... Nunca estamos preparados, mas o facto de não contarmos com algo, aufere-lhe uma certa magia.
Cria em nós a expectativa do que irá ser, quando irá ser, como irá ser... Faz-nos sentir como crianças à espera do Natal.
É curioso que, como as crianças não têm ainda noção do tempo e o Natal tanto pode acontecer no dia seguinte como passados meses, esta expectativa mantém-se. E mantém-se enquanto a inocência e a infância perduram. É muito triste quando começamos a usar um relógio. Significa que deixamos de controlar o tempo, pelo contrário, passou ele a controlar-nos a nós. Temos de chegar sempre a horas a tudo. Começamos a comer porque são horas para o fazer e não porque temos fome.
É crescer.
É controlar o tempo, é controlar-nos a nós. É forçar a consciência do que começa e do que acaba, é perceber que o tempo passa quando antes totalmente o vivíamos. Deixamos de viver a vida ao minuto, deixamos de viver o momento como as crianças e passamos a desejar controlar os minutos. Enquanto tentamos isto, os minutos passam e ficou a tentativa gorada, a frustração.
Nisto, apercebemo-nos que perdemos demasiado tempo com toda esta questão e entretanto ficamos velhos. De repente vemo-nos a querer agarrar o tempo para voltarmos a viver e já não temos força ou saúde. Desperdiçamos a nossa juventude e energia com problemas que mais tarde vimos não terem importância alguma.
Porque não nascemos com sabedoria? Perdemos muito, muito tempo. Afinal de contas viver é viver. Simplesmente! Rir, comer, cantar, dançar, saltar, dormir... Perdemos tanto tempo...
Cria em nós a expectativa do que irá ser, quando irá ser, como irá ser... Faz-nos sentir como crianças à espera do Natal.
É curioso que, como as crianças não têm ainda noção do tempo e o Natal tanto pode acontecer no dia seguinte como passados meses, esta expectativa mantém-se. E mantém-se enquanto a inocência e a infância perduram. É muito triste quando começamos a usar um relógio. Significa que deixamos de controlar o tempo, pelo contrário, passou ele a controlar-nos a nós. Temos de chegar sempre a horas a tudo. Começamos a comer porque são horas para o fazer e não porque temos fome.
É crescer.
É controlar o tempo, é controlar-nos a nós. É forçar a consciência do que começa e do que acaba, é perceber que o tempo passa quando antes totalmente o vivíamos. Deixamos de viver a vida ao minuto, deixamos de viver o momento como as crianças e passamos a desejar controlar os minutos. Enquanto tentamos isto, os minutos passam e ficou a tentativa gorada, a frustração.
Nisto, apercebemo-nos que perdemos demasiado tempo com toda esta questão e entretanto ficamos velhos. De repente vemo-nos a querer agarrar o tempo para voltarmos a viver e já não temos força ou saúde. Desperdiçamos a nossa juventude e energia com problemas que mais tarde vimos não terem importância alguma.
Porque não nascemos com sabedoria? Perdemos muito, muito tempo. Afinal de contas viver é viver. Simplesmente! Rir, comer, cantar, dançar, saltar, dormir... Perdemos tanto tempo...
2 comentários:
Nascer com sabedoria roubar-nos-ia metade das ilusões e dos sonhos, assim como a alegria da descoberta.
O que importa, sei-o hoje, é que consigamos viver cada momento na sua plenitude. Porque, de facto, em cada dia há algo de belo para se viver. E ser visto.
:D
Caro Ferreira-Pinto
todos nós nascemos com a sabedoria de viver e aproveitar a vida. Falta-nos aprender a saber continuar a fazer o mesmo pela vida fora.
Há uma altura nas nossas vidas em que nos esquecemos de tudo isto para ganharmos dinheiro, porque é imperativo ter roupas e calçado de marca, sair, ir aos bailaricos, sair de casa dos pais, casar,
ter uma casa... Mais ou menos por esta ordem. O "viver" a sério fica agures pelo caminho.
É a esta sabedoria que me refiro - SABER VIVER!
Terei de ser mais explicita no texto. Obrigada pela crítica!
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