Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Voz Humana

A voz Humana, de Jean Cocteau com Isabel de Castro - foi uma peça de teatro que vi na minha juventude. Impressionou-me bastante porque a dada altura o personagem começa a chorar e eu, que na altura tentava controlar todos os meus sentimentos abafando-os, fiquei constrangida. Tudo o que sentia por dentro estava em reboliço – como sempre – mas, também como sempre, não deixava manifestar-se. Estava a criar uma espécie de bomba de hidrogénio humana. Era uma bomba que sem rebentar já fazia os seus danos mais funestos. Arrebentando... Nem sei. Ou sei até. Vejo os efeitos no meu pai. Somos muito parecidos, toda a gente o disse sempre. Tão parecidos que a nossa luz é muito parecida e vejo-o agora a ter um pouco o gosto da sua própria luz!


Estou mesmo parva! Não estou a ser prepotente ao escrever estas coisas e ao deixar-me brilhar! Estou a dizer a toda a gente que é OK sermos nós próprios! Estou a dizer ao pai e a quem quiser ver, ler e ouvir, sentir, que viver a nossa luz é maravilhoso! Basta de controlar! É preciso SER!

Olho para trás, para essa época em que sufocava e olho para o Agora, o belíssimo e delicioso Agora! ESTOU VIVA!!!!!

Amo-te muito pai!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lançamento do Livro

Apresentação do "Ups! Engoli uma Estrela" de Adoa Coelho, dia 18.09.2011 em Moimenta da Beira, a cargo da actriz Maria Henrique.


A arte copia a vida excepto, quando a vida segue os passos experimentados no campo da arte.
Digo experimentados porque grande parte das vezes são mesmo ideias que um ou uma autora tem e é através da arte que verifica a execução da ideia. 

Por exemplo, quando me lembro do filme com o Jim Carrey - “Truman Show”. O filme é um Big Brother focado numa só pessoa, como o que se faz com as pessoas mais ou menos famosas nos programas cor-de-rosa. A ideia veio de trás, de um livro, o “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” de  George Orwell que descreve essa sociedade. Publicado pouco depois da segunda guerra mundial, acredito que a musa tenha sido a vida. Os dois opostos eram vividos na Europa de então, o comunismo e o nazismo, ambos com resultados desastrosos e com técnicas que nem sendo retratadas na ficção convencem de que sociedades sob vigilância não são propriamente saudáveis. Mas eis que as voltas voltam a rodar... Décadas mais tarde começa um programa que se tornará um sucesso a nível mundial – “O Big Brother”! Não é surpresa, pois não?

Depois fizeram variações com famosos em quintas e sei lá mais onde. Variações sem variedade. Excepto... que nas cidades, e por questões de segurança, porque isto é tudo a pensar no bem geral... As câmaras de vigilância estão por aí. Mas nós gostamos e até já estamos habituados.

Poderemos pensar que é mesmo tudo para o nosso bem como quase nos faz pensar assim Isaak Asimov no “Eu, robot” (não, pouco tem a ver com o filme que fizeram...), em que as máquinas acabam por tomar destas crianças malcriadas que somos os humanos. Ou o “Minority Report” do Philip K. Dick, onde finalmente o crime é combatido até antes de cometido.

Para onde nos levará a vida, não sabemos. São tempos conturbados estes que agora vivemos. Não sei se a Humanidade deveria mudar os programas escolares e mudar “história” para “Ficção”, científica ou nem por isso. Como a história está sempre a repetir-se, não valerá a pena estudá-la, mais vale preparar-nos para o que virá.

Na faculdade, quando estudei estética, o professor falou num personagem, um artista frustrado. E como falhou nas artes, tentou fazer o Mundo segundo o sonho que tinha. Imaginou um Mundo com pessoas perfeitas, todas loiras e com olhos azuis. Usou a ciência como instrumento. Hitler usou também os meios artísticos disponíveis na época para servir a propaganda política. Leni Riefenstahl fez as obras de artes “O Triunfo da Vontade” (1934) e “Olympia” (1936) ao seu serviço. Podemos, portanto, ter uma ideia bastante claro de como o Mundo de hoje seria se os planos desse homem tivessem vingado. Seria uma espécie de “Admirável Mundo Novo”. Não sei se com o mesmo nível de evolução científica como na obra do Aldous Huxley, creio que com bastantes semelhanças.

Talvez o caso mais fácil de perceber seja o de L. Ron Hubbard, por ser mais directo, por que passou de escritor de ficção científica a criador da Cientologia. No fundo, quando se escreve, pinta, faz um filme, etc, é para contar uma história e ninguém conta história se não pensa que está a mudar algo no seu receptor – um ponto de vista social, político, psicológico,... Humano.
Teorias serão apenas teorias. 

O Mundo é tão fascinante que por vezes nem se compreende bem o que influencia o quê. Agora e para nos enquadrarmos na conjunção portuguesa, a que no fundo nos diz respeito, temos as agências de Rating. Uma espécie de Big Brother a nível mundial, se quisermos usar uma pitada de humor. Já se fala em privatizar a RTP, a TAP, a água... Pouco faltará para as medidas chegarem ao ar como neste sketch da Maria Ruef! Ou estarei enganada?

Resta-nos abrir os olhos. Os fãs de crimes terão outra leitura deste Mundo. Os fãs do portal das finanças têm outra certamente.
Unicamente posso afirmar que a realidade será sempre o que é, independentemente de gostarmos dela ou não, Adoa a quem doer...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Mosca da Escritora

O ano passado encontrei no chão, perdida, abandonada à sua sorte, a espada de Peter Pan. Uma criança a terá perdido. Resgatei-a.

Mal sabia que a viria usar nesta tarefa de voltar à tranquilidade da escrita.

Há sempre uma mosca que teima em fazer-me companhia...

Mas não foi sozinha que enfrentei esta aventura.  A Wendy, ao aperceber-se da situação, veio ajudar.



Se existe a mosca da televisão, por que não a do escritor?

The pen is mightier than the sword?
Well, sometimes!

:o)

sábado, 6 de agosto de 2011

"Keep Calm and Write Your Damn Book"

Porque às vezes preciso de saber isto.
Porque às vezes a insegurança, ao contrário de nos ajudar a dar o nosso melhor, nos impede de fazer até o mínimo.


A ler: "Keep Calm and Write Your Damn Book"

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fantastic Planet


Um filme de animação de 1973.