A voz Humana, de Jean Cocteau com Isabel de Castro - foi uma peça de teatro que vi na minha juventude. Impressionou-me bastante porque a dada altura o personagem começa a chorar e eu, que na altura tentava controlar todos os meus sentimentos abafando-os, fiquei constrangida. Tudo o que sentia por dentro estava em reboliço – como sempre – mas, também como sempre, não deixava manifestar-se. Estava a criar uma espécie de bomba de hidrogénio humana. Era uma bomba que sem rebentar já fazia os seus danos mais funestos. Arrebentando... Nem sei. Ou sei até. Vejo os efeitos no meu pai. Somos muito parecidos, toda a gente o disse sempre. Tão parecidos que a nossa luz é muito parecida e vejo-o agora a ter um pouco o gosto da sua própria luz!
Estou mesmo parva! Não estou a ser prepotente ao escrever estas coisas e ao deixar-me brilhar! Estou a dizer a toda a gente que é OK sermos nós próprios! Estou a dizer ao pai e a quem quiser ver, ler e ouvir, sentir, que viver a nossa luz é maravilhoso! Basta de controlar! É preciso SER!
Olho para trás, para essa época em que sufocava e olho para o Agora, o belíssimo e delicioso Agora! ESTOU VIVA!!!!!
Amo-te muito pai!
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