Ups! Engoli a Antena 1! Sim, parece ser verdade!
:o)
Gostei muito da voz da entrevistadora, a Alice Vilaça.
Tem um sorriso na voz!
A minha entrevista mais recente pode ser encontrada AQUI.
Vamos lá, alarguemos o "conceito" e vamos falar de contactar também leitores.
A nossa alimentação é importante excepto quando não temos sequer para respirar. Digamos que postas as coisas em perspectiva, morremos mais depressa sem respirar do que sem comer. Sim estou a ser um bocadinho drástica!
Mas quando estamos em feiras de livros, comer vai ser das últimas coisas em que vamos pensar. Pelo menos, é assim que tenho feito. Estando rodeada de livros nem tenho dores, fome ou sede!
Mas importa que não cheguemos ao fim do primeiro dia completamente esgotados, sem força para enfrentar o dia seguinte. Como é que eu faço? A minha palavra mágica é: CHOCOLATES.
Quando sei que o dia vai ser longo, refugio-me em várias tabletes de chocolate por dia. Pode ser qualquer tipo de chocolate. São rápidos de comer e geralmente não ficam pedacinhos entre os dentes. Depois podemos compensar com comida saudável no resto dos dias. Nestes dias é muito importante aproveitar todos os minutos disponíveis para fazer os contactos, a menos que sejamos muito organizados e contactado as editoras antes para marcar entrevista... Já experimentaram isso? Desejo-vos sorte! :o)
As editoras marcam horas com outras editoras para falar de trabalho. Imaginam se o fizessem para cada autor que deseja mostrar o seu trabalho? A menos que vocês já sejam autores conhecidos, esqueçam!
Vistam o vosso melhor sorriso, saibam falar do vosso trabalho e tenham muita paciência, nem sempre vão estar com vontade de vos escutar. Sejam optimistas, não desistam ao primeiro não, respeitem quem não vos quer escutar, afinal de contas, serão eles a perder. Não levem nunca a mal, nunca é pessoal, eles não vos conhecem. Recobrem de imediato e sigam para o próximo contacto em vista. Tenham em mente que a editora certa para vocês está ali, algures, só falta saber qual é. Não desanimem, isso é meio caminho andado para o fracasso.
Encontrar editora é um trabalho de persistência e amor a nós próprios e ao que escrevemos. E não é uma editora qualquer que procuramos, apenas procuramos a certa para os nossos livros.
Por isso, muito chocolate, barras energéticas, pastilhas elásticas para eliminar o hálito, nada de comer comidas fortes nos dias anteriores - alho!! - e não fumar imediatamente antes. Vocês os fumadores podem não reparar, mas o cheiro a tabaco é sempre forte e desagradável para quem não fuma e não vão querer intoxicar a pessoa que poderá estar interessada no vosso manuscrito. Levem isto tão a sério como a procura de emprego. Está nas vossas mãos o facto de tudo correr bem.
Se os chocolates não funcionarem, podem sempre experimentar convidar a outra pessoa para tomar algo enquanto falam... Não sei se recomendo isto, porque provavelmente isto exige que a pessoa que convida pague... a audácia nunca fez mal a ninguém! ;)
(Nota: Audácia e suicídio são conceitos diferentes...)
Aproximem-se das editoras com auto-confiança, ombros direitos e discurso positivo, ou seja, como o autor que vocês sabem que são.
Há sempre apresentações que correm bem e outras que nem por isso, o que não quer dizer que sejam menos importantes até porque é com essas que aprendemos mais. A escritores muito famosos acontece-lhes ter apresentações onde não aparece ninguém, o que fará com escritores em início de carreira como eu!
Mas não é para me queixar que estou a falar desta experiência, pelo contrário.
O que fazer nestas situações?
Não importa o que as organizações dos eventos fazem, se são muito ou pouco profissionais. Não somos nós que respondemos por elas, nós apenas podemos responder pela nossa profissionalidade ou falta dela. O público é que deve ser respeitado, afinal é ele que lê os nossos livros. Façam sempre com que tudo corra bem para o público. Dêem o vosso melhor "no matter what", e ainda mais se houver crianças no público.
Saibam para que público estão a falar e adaptem-se tanto em relação à idade, cultura, escolaridade e quantidade. Falar para uma grande audiência não é o mesmo que para meia dúzia de pessoas. Neste último caso podemos ser mais intimistas, havendo mais gente, teremos de generalizar mais o discurso.
Outra questão que podemos levantar é: se as coisas não correram bem desta vez, é de bom senso voltar a trabalhar com as mesmas pessoas? Há sempre sinais que podemos ler - se as pessoas estão a deixar tudo para a última da hora, pode ser o alarme que temos de ouvir e actuar conforme... Mas nunca desistam de fazer as coisas só porque correu menos bem uma ou duas vezes. Isso apenas quer dizer que precisamos de limar umas arestas...
Não é propósito deste blogue ter muitos artigos sobre escrita, mas é sempre bom saber onde se pode encontrar blogues e páginas que nos ajudem a melhorar a escrita. Neste sentido, deixo aqui outro LINK.
Ainda não tive tempo para ver tudo. Achei engraçado ao facto do autor do blogue ir buscar imagens equivalentes em filmes e depois mostrar que o mesmo acontece com as histórias e estruturas de certos (muitos) filmes.
Quando estava na faculdade a estudar pintura, tive aulas de antropologia cultural onde visionamos alguns filmes. Estudamos a estrutura deles e deparamos com semelhanças tipo fotocópia! Basicamente, os filmes "O Feiticeiro de Oz" e o primeiro da saga antiga da "Guerra das Estrelas" foram feitos com papel químico!
Quando estava na faculdade a estudar pintura, tive aulas de antropologia cultural onde visionamos alguns filmes. Estudamos a estrutura deles e deparamos com semelhanças tipo fotocópia! Basicamente, os filmes "O Feiticeiro de Oz" e o primeiro da saga antiga da "Guerra das Estrelas" foram feitos com papel químico!
A juntar-se a estes, há muitos mais!
Como trabalho para a cadeira, peguei na ópera "Flauta Mágica" do Mozart e a estrutura continuava a repetir-se!
Isto tão-pouco significa que sejam maus filmes ou más histórias, apenas significa que funcionam simplesmente porque é assim que o ser humano funciona.
Para leitura complementar, recomendo
- The Hero with a Thousand Faces - Joseph Campbel
- The Hero's Journey - Joseph Campbel
Para leitura complementar, recomendo
- The Hero with a Thousand Faces - Joseph Campbel
- The Hero's Journey - Joseph Campbel
Faz agora uma semana que andei nesta feira. Há diferenças enorme entre a feira de Leipzig e a de Frankfurt.
De qual gosto mais? É difícil responder. Esta é mais humana, diria.
A feira de Frankfurt é um local de negócios onde se fala de transacções de livros. As pessoas vão lá para fazer negócio. Acontece haver também apresentações de livros e eventos muito bons, mas é essencialmente uma feira de negócios.
Leipzig tem a particularidade de envolver mais as pessoas, ser mais descontraída. E porquê? Ora, porque é uma feira aberta totalmente ao público, de venda directa ao público. Este pormenor faz toda a diferença. É uma feira pequena se compararmos com a de Frankfurt e os seus... são quantos pavilhões? Uns quantos. Nesta eram só quatro...
Os países representados tinham delegações genéricas e juntavam-se num único pavilhão. Esta feira não é para este tipo de contactos, é para contactar editoras alemãs e editoras de revistas Manga. eheheheh
Como se fazem estes contactos?
Convém sabermos de algumas coisas em antemão.
1º - Que tipo de livro escrevemos. Fantasia, romance, romance histórico, ficção-científica...
2º - Para que público está endereçado - ter uma faixa etária o melhor definida possível, se ... possível!
3º - Como visualizamos o livro que escrevemos - é um livro com muitas imagens? Que tipo de capa queremos...
Quando nos aproximamos de um stand conseguimos perceber como trabalha a editora e que qualidade impõe nos livros que edita. É algo que se vê facilmente pela amostra que têm.
4º - Se decidirmos falar com uma editora, é bom que saibamos como falar com ela. Será que as pessoas à frente são muito formais ou mais relaxadas? Qual a melhor aproximação?
5º - Como apresentar o nosso manuscrito? Há sempre pontos que podemos focar mais que outros. Que poderá levar aquela determinada editora a ler o nosso manuscrito? Que tem a nossa história que vai funcionar como uma mais-valia para essa editora?
6º - Já temos um livro editado? Muito melhor! Há que levar o(s) livro(s) que já editamos. Assim também eles poderão ver como trabalhamos e que há editoras que acreditam no nosso trabalho. Devo dizer que neste campo, não é muito bom ter um livro de edição própria. Isso conta como zero para eles.
Falando da minha experiência, digamos que falar do meu livro enquanto promessa e agora quando já pude apresentar um exemplar, fez diferença. Se calhar não muita - afinal de contas, a história continua a ser a mesma! Mas algumas coisas mudaram. A minha experiência e auto-confiança aumentaram. Estes factores contribuíram para conseguir falar sem gaguejar, com mais propriedade. E depois, tinha um livro onde me podia apoiar, tornou-se muito mais fácil. Se não me ocorresse mais sobre o que falar, podia sempre folhear o livro e ganhar tempo ou relembrar algum ponto que poderia estar a esquecer...
O nosso nome também pode fazer diferença. Digamos que há nomes que chamam a atenção e outros que são mortiços... Sempre que dou o meu nome a alguém, aqui na Alemanha, as pessoas ficam admiradas. Não é que o meu nome seja fantástico! Adoro o "Adoa", mas a questão não passa por aqui! É o "Coelho" que chama a atenção.
Quando lêem o meu nome, as pessoas fazem logo a ligação ao escritor Paulo Coelho e perguntam-me se sou familiar dele. Obviamente que esta questão pode dar para os dois lados! Eu acabo por me rir e utilizar isso a meu favor, até como uma forma de quebrar o gelo que possa haver naquele momento. Digamos que tudo o que possa ajudar um editor a lembrar-se da nossa conversa é bem-vindo.
Não aconselho, agora, toda a gente mudar de nome... Há muita gente em Portugal e no Brasil com este sobrenome, ele apenas sobressai no exterior.
Mas há sempre maneira de conseguirmos ficar na memória dos editores. Aquela que aconselho é através de uma história bem desenvolvida e entusiasmante. Deite fora os clichés. Seja original. Procure aprender tudo o que possa. Leia, cultive-se, escreva. Comece com histórias pequenas. Dê a ler a pessoas amigas, coloque num blogue seu. Veja a reacção das pessoas. São os leitores que dizem se o que escrevemos os toca e como podemos melhorar. Não tenha medo de se expor. Não é com máscaras que se decifra os segredos do universo. Exponha-se.
Acredite em si – é o mais importante e difícil em todo este processo, acredite!
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