Qual o interesse de salvar uma pessoa/uma personagem que não quer ser salva? Como terminar uma história sem que pareça lamechas?
Se o anti-herói conseguiu andar séculos (como no caso do 2F, o anti-herói do Ups! Engoli uma Estrela) a ser "mau" e a ter gosto nisso, por que haveria ele querer mudar? Não parece muito plausível, pois não? Qual a veracidade de tal situação? Poderia Hitler alguma vez tornar-se num amigo dos judeus? É esta a resposta, no fundo. Poderia alguém como Hitler alguma vez tornar-se amigo de judeus? Talvez se não o soubesse a priori. E se depois o soubesse? Se fosse esse o caso, ele teria ainda mais raiva dos judeus. Lançaria ainda mais ofensivas contra esse povo por conta dessa raiva acrescida. Haveria alguma vez uma maneira de resolver essa raiva? Talvez através da morte do personagem. Ou seria um personagem com pouca credibilidade, que preferiria perder razão e "dar o braço a torcer". Isto nunca aconteceria com um personagem muito forte. Ter razão ou ter paz. Para algumas pessoas, não ter razão é perder todo o significado da vida. A raiva ganha uma personalidade própria e a pessoa já não consegue viver sem ela, sem a companheira de vida. Faz sentido para muita gente. Como viver sem a raiva? Não existe resposta para elas. É como um cão ter uma carraça e de repente ver-se livre da eterna companheira, que lhe fazia tanta companhia... É como uma pessoa que está sempre a queixar-se de uma determinada doença e de repente está curada. Qual o sentido da sua vida agora? Terá de encontrar outra doença para compensar.
Mas... Serão os personagens, pessoas?
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