Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Afinal o que é a beleza?

Parece ser algo que faz mexer tanta gente, como o Amor... Mas alguém saberá o que é? Saberá alguém dizer por que considera algo ou alguém ter esse atributo? A beleza é um atributo da mente. Só julgando é que se consegue decidir tal coisa. Sim, porque considerar algo belo é estar a julgar. Tal como julgar algo de feio. Todas as caracterizações são fruto de julgamentos, podem é ser agradáveis ou não. Mas são julgamentos. São comparações.

Tod@s nós crescemos a aprender a comparar. Por isso é que nos tornamos tão infelizes com o crescer. As crianças pequenas, quando vêem outra criança não estão a julgar se é negra, branca, pequena, grande... que religião tem... Todas essas questões aparecem mais tarde, geralmente de mão dada com os adultos. São os adultos que empestam as crianças com os seus pré-conceitos. É uma das dádivas dos pais e das sociedades. E se a criança não compreende desde cedo a usar este tipo de julgamento, vai ter problemas na convivência em sociedade. Mas também aqui estou eu a julgar. Se calhar até é bom... Ou mau! Não tem que ser nem uma coisa nem outra. A realidade é apenas o que é. Não existe o bom nem o mau. É produto das nossas cabeças!

O racismo, a xenofobia, as fobias relacionadas com as religiões, as relacionadas com a tendência sexual de cada um, são tudo fruto das nossas mentes. As sociedades criticam abertamente o racismo, mas ninguém condena quem abomine nuvens negras! Essas estão condenadas à sua condição de prognóstico de “mau” tempo. Deve ser duro para elas!


Qualquer dia irei escrever o texto mais lindo que algum dia saberei escrever! E lá está! "Lindo"! E se escrever "o melhor"?
Não há volta a dar-lhe. "Eu escrevo" - é este o verbo, é esta a conjugação.

E "eu" talvez um dia desapareça. E seja apenas, mesmo sem necessidade de verbo.

É uma ideia...  bolas!!! Ia escrever outra vez "bonita"! É mesmo vício, não? Mas porquê criticar? Porquê notar?

O Wim Wenders escreveu uma vez a propósito de beleza, numa entrevista, que "beleza é verdade". E a verdade é composta por tudo o que nós classificamos da Natureza. Por isso, a verdade é tudo e a beleza é tudo, mesmo aquilo que não gostamos. Somos ingratos ao pensar assim, talvez. Mas é esta a nossa natureza, não? E se é, então também estará correcto. É apenas uma questão de lógica. Nós também somos Natureza.

O AMOR é. Nós somos. Nós amamos. Nós decidimos. Nós somos. Nós existimos logo pensamos. Ora bolas! Levei um tiro no pé!

Todas as filosofias estão certas e por isso erradas. Só podem estar automaticamente erradas ou seriam estáticas, nunca evoluiriam. É como pronunciar uma lei universal: a impermanência - e excluir a própria lei da sua trama! Só pode haver uma conclusão: esta lei tem de estar errada porque não se aplica a si mesma!
Como pode estar uma lei correcta se não se aplica a si mesma? A lei é a sua própria excepção! Não faz sentido. Não tem lógica! Não pode ter verdade! Logo, é falsa.


E a "beleza"?

Mas que importa o que isso seja? É tão impermanente...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Beleza

Estou a ouvir a Adele. Ela é fantástica! Tem uma voz! É tão linda! Dá vontade de a ouvir constantemente.
Ela é o tipo de heroína que toda a gente gosta. E não importa a aparência dela, ela não quer ser magra e faz muito bem! Não é ditada pelos padrões da "moda". Ela é quem é e não quer saber se a acham gorda. É a voz dela que conta, não a aparência. Mas desconfio que talvez não fosse a mesma coisa se ela fosse feia. Embora a Susan Boyle seja considerada feia e tenha montes de gente a ir aos espectáculos dela. Como se decide que alguém é fei@? Nunca cheguei a perceber. E continuam a insistir na "não beleza" dela!

Não é que não perceba o conceito, mas é que não consigo gostar de alguém cujo interior seja "feio" apesar de o exterior ser "aprazível". Eu sou considerada "não bonita". Mas só por aquelas pessoas que não sabem ver corações, não se dão ao trabalho de conhecer quem têm pela frente. São pessoas que não me interessa conhecer e com as quais não lido. É engraçado que me dou conta que só lido com pessoas bonitas. São todas especiais e carinhosas. Têm cada qual a sua personalidade muito própria. Umas mais fortes, outras mais sensíveis, mas todas especiais. São pessoas que tenho vindo a conhecer e a gostar muito. São parte de mim. São minhas amigas. 

São lindas!   :o)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os personagens e as suas mudanças numa história

Qual o interesse de salvar uma pessoa/uma personagem que não quer ser salva? Como terminar uma história sem que pareça lamechas?

Se o anti-herói conseguiu andar séculos (como no caso do 2F, o anti-herói do Ups! Engoli uma Estrela) a ser "mau" e a ter gosto nisso, por que haveria ele querer mudar? Não parece muito plausível, pois não? Qual a veracidade de tal situação? Poderia Hitler alguma vez tornar-se num amigo dos judeus? É esta a resposta, no fundo. Poderia alguém como Hitler alguma vez tornar-se amigo de judeus? Talvez se não o soubesse a priori. E se depois o soubesse? Se fosse esse o caso, ele teria ainda mais raiva dos judeus. Lançaria ainda mais ofensivas contra esse povo por conta dessa raiva acrescida. Haveria alguma vez uma maneira de resolver essa raiva? Talvez através da morte do personagem. Ou seria um personagem com pouca credibilidade, que preferiria perder razão e "dar o braço a torcer". Isto nunca aconteceria com um personagem muito forte. Ter razão ou ter paz. Para algumas pessoas, não ter razão é perder todo o significado da vida. A raiva ganha uma personalidade própria e a pessoa já não consegue viver sem ela, sem a companheira de vida. Faz sentido para muita gente. Como viver sem a raiva? Não existe resposta para elas. É como um cão ter uma carraça e de repente ver-se livre da eterna companheira, que lhe fazia tanta companhia... É como uma pessoa que está sempre a queixar-se de uma determinada doença e de repente está curada. Qual o sentido da sua vida agora? Terá de encontrar outra doença para compensar. 

Mas... Serão os personagens, pessoas?