Gaia (Adoa Coelho)

Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nova Editora

A partir de agora todos os livros da série Ups! Engoli uma Estrela serão editados pela Nuvem d'Escrita.

O primeiro livro a sair vai ser o Ups! Engoli uma Estrela - Ver o Mundo, o segundo volume da série que irá sair em papel e e-book. Podem fazer já as pré-encomendas pelo e-mail da editora: nuvemdescrita@gmail.com


Em breve sairão capítulos de amostra e promoções.
Estejam atent@s às novidades!

Para já, vejam a nova capa




Que tal?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Apresentação no TEDxCoimbra - Perseguir Sonhos


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Catedrais


Visto o cobertor da noite e ponho o chapéu da memória para escrever este texto.

Comer uma sardinha aqui (Alemanha) é comer peixe sem alma. Uma fartura daqui é massa gordurosa disforme. Faltam-lhes o tempero da memória, da recordação perdida nos anos em que caminhei em direcção ao Porto, ou pelo menos até à ponte para arranjar um lugar para ver o fogo de artifício. E o som dos martelos de plástico, especialmente sonoros nas cabeças dos polícias fardados em noite de turno misturado com gargalhadas cúmplices ecoa de novo. E as Fontainhas? É lá que moram as farturas saborosas, a cerveja fresca que a acompanha, o cheiro das sardinhas que faz escorrer água da boca... É lá que vive a memória e o sabor, os meus sorrisos e sonhos de infância ao ver tanta gente na rua, alegre e divertida. E os risos de amigos, família, uma ou outra pessoa que mais tarde me desfez o coração.
Até a recordação de aulas de desenho em grupo me assomem.

As memórias podem ter um peso marcante. Um marca-passos. Leva-nos o coração sem pudor. Rouba-nos o momento presente, retira o sabor de tudo para o encher de saudade. Quem deseja viver uma meia vida assim?

Perco o coração para o passado, assomam-se culpas e arrependimentos, cimenta-se a vontade de voltar a comer da infância e juventude.

O Peter Pan tinha um jogo preferido de faz-de-conta em que imaginava comer tudo o que desejava. Crescemos e não há Pan que resista. Não chega imaginar, quero o prazer dos dedos sujos, o nariz cheio, os olhos arregalados e o coração de volta ao peito.

Não me esqueci do doce Teixeirinha que aquece a tripa e depois a liberta. Ou quão defraudada me senti a última vez que a comi.


Ó meu rico S. João!

domingo, 9 de junho de 2013

As Horas



O Tempo 
marca passos
no vazio.

A vida
é o que
acontece 
sem horas
marcadas.

Por isso
o Tempo
não lhes tem
mão
e as horas
passam
desenfreadas.




domingo, 2 de junho de 2013

Sísifo


Assim vou de Castelo em Castelo.
Assim vou de Paixão em Paixão.
Tudo é seguro e fixo
Até ao momento (sempre precoce)
Em que tudo se desmembra e cai.
Fico sem Norte.
Busco-me.
Procuro-me sem fim.

Assim construo a minha Vida.
Assim construo o meu ser.
Tudo é seguro e livre
Até ao momento (sempre temível)
Em que tudo solidifica e prende.
Ganho um Sul.
Páro.
Estremeço e esmoreço na infinidade das certezas.

E

Assim vou de Castelo em Castelo.
Assim vou de Paixão em Paixão.
Tudo...



Um dia a mãe foi buscar-me ao infantário. Pelo caminho levava-me pelo ar. Íamos depressa, apenas podia colocar a ponta dos pés no chão para me ajudar a acompanhar o passo e impedir de cair. Olhava para cima, para o ar sério e apressado dela. Já em casa perguntei-lhe onde estava o pai. - Está na revolução... - disse com ar gravoso que ficou marcado aqui dentro desde então. Tinha dois anos e nunca poderei esquecer  este dia ou o seu significado.




Foi o dia em que comecei a crescer em liberdade.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dragonboy



Este filme de animação fez-me lembrar o Aniquibóbó e a cena em que os miúdos lutam por causa da rapariga... Foi tudo forjado para que eles andassem mesmo à luta e a cena ficasse o mais verídica possível. Eles, os miúdos actores, gostavam ambos dela!   :o)